O mercado financeiro comemorou a liderança nas pesquisas do então candidato Jair Bolsonaro e depois manteve a euforia com sua vitória.Um quadro bem diferente por exemplo, da época da primeira candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, quando os agentes mostraram altos níveis de estresse.

Podemos perceber que, aqui e em todo o mundo, os mercados costumam preferir candidatos e políticas de direita.

Ainda é cedo para dizer o que Bolsonaro fará de fato. Ele já andou e recuou antes mesmo de assumir. Além disso, terá que conquistar apoio no Congresso para suas medidas o que não será exatamente fácil.

Podemos dividir a economia em interesses individuais e coletivos, cujos valores focam na diversidade para o individualismo e a igualdade para o coletivismo, defendidos respectivamente, por direita e esquerda, de forma geral.

Por exemplo, a esquerda costuma ter uma postura coletivista, reservas de mercado e monopólios estatais, maior regulamentação da economia, acordos coletivos entre trabalhadores e empregadores, maior regulamentação do mercado de trabalho, seguridade social mais ampla, entre outros.

Já a direita tende a basear-se em uma postura mais individualista, menor regulamentação da economia, acordos individuais entre trabalhadores e seus empregadores, incluindo menor regulamentação do mercado de trabalho.

Obviamente esses são pontos gerais e dependem de partidos, pessoas, coalizões e momentos.

A questão é que os agentes financeiros apostam que uma reforma da Previdência que “dê um jeito” nas contas públicas brasileiras seja essencial, já que as despesas atuais são incompatíveis com a conjuntura econômica, e costumam depositar suas esperanças sobre isso prioritariamente na direita.

Colocar as finanças em dia significa uma economia próspera em crescimento, se saindo bem no exterior, o que atrai investidores, dinheiro e bons mercados.

A questão agora é se realmente Bolsonaro vai entregar o que prometeu, se vai conseguir apoio político para tal, se vai resolver de fato o rombo e se vai enfrentar confronto da população que perder direitos. 2019 é um ano muito aguardado.