Quando ouvimos a palavra ‘tempo’, pensamos em condições climáticas. Passamos um sufocante calor de 40°C no Brasil, enquanto do outro lado do mundo faz 30°C abaixo de zero. Que disparate!

Muitas vezes, quatro estações surgem em um só dia, frio no verão e calor escaldante no inverno. As reclamações são gerais e a população sofre, em ambos os casos. E lá se vai a saúde, não se sabe bem para onde.

Catástrofes, acidentes de avião e de carro, helicópteros caem, barragens rompem, alagamentos, incêndios. Pessoas morrem por negligência ou estranhos fenômenos da natureza, que “decepcionada” com os seres humanos, parece que os deixa sofrer.

O homem tanto mexeu que a natureza, com sua sabedoria plena, responde à altura, paga na mesma moeda. A vida é assim! Não é vingança, é troca. Amor gera amor, ódio gera ódio e paz gera paz. A vida passa, em desabalada correria, irmão não reconhece irmão… Parece que estamos no ‘fim dos tempos’.

Mas eu ia falar sobre outro ‘tempo’, o nosso tempo! Este também está voando e não volta. O que volta é a nossa vontade de voltar no tempo! Sabemos que o tempo pode amenizar lembranças, mas jamais apagará aquelas que transformaram pequenos instantes em enormes momentos. Isso é fato!

Nesse diapasão, o tempo deixa no ar várias perguntas a serem respondidas, às vezes tardiamente. Pouco a pouco, ele também esclarece dúvidas ou, muito tempo depois, mostra o que importa.

É por isso que achamos que o tempo está rápido demais e as respostas, demoradas. E nesse vai e vem, como as verdes águas do mar, o tempo permite que muitas coisas aconteçam quando estamos distraídos, “matando o tempo”. Coisas boas? Sim! E ruins? Demais! O mundo é testemunha dos acontecimentos e ele não mente.

A boa é que tudo tem seu tempo: para viver e morrer, chorar e gargalhar, amar e esquecer, tempo de amor e de paz. Quando nós sentiremos paz?

Quando não tivermos mais vontade de fugir do tempo! De que jeito, se sabemos que ele virá atrás de nós e nos alcançará, mesmo que façamos verdadeira maratona para que não nos encontre? Cada um tem o seu próprio tempo para amar, perdoar, compreender, concordar ou negar, dependendo da intensidade com que se vive.

O tempo é implacável, a ponto de nos roubar até ele próprio, se não formos tremendamente rápidos para viver intensamente e agradecer por ele nos conduzir, agarrando com unhas e dentes todas as horas, minutos e segundos de nossas vidas que nos oferece!