Durante a avaliação com um fisioterapeuta, somos também avaliados pela “inteligência corporal”. Os profissionais são treinados para reconhecer sinais no jeito que o paciente entra no consultório, a forma de se expressar, o tom da voz, relações familiares e até a maneira que aponta o lugar a ser tratado.

Muitas vezes, a origem da dor já fica clara nesse momento. Se foi proveniente de movimentos inadequados, sedentarismo, algum trauma ou acidente ou se essa dor é uma manifestação de um momento difícil que a pessoa está passando, algo relacionado com seu estado emocional.

Roberta Yassin, fisioterapeuta e sócia proprietária do Instituto Allevo, explica que o corpo e a mente são uma unidade, então “se o emocional de uma pessoa não vai bem, ela pode desenvolver as chamadas doenças ou dores psicossomáticas. São aquelas que possuem sintomas físicos mas, muitas vezes, não têm explicação do ponto de vista clínico”.

É comum nos casos de dores psicossomáticas que o paciente enfrente dificuldades no diagnóstico e insucesso dos tratamentos propostos pela medicina tradicional, passando por vários especialistas em busca de uma solução ou alívio para aqueles sintomas.

“O problema de se fazer o diagnóstico e tratar de uma dor psicossomática é que a pessoa não possui consciência de que aquele problema está sendo causado pelos seus próprios sentimentos. Além disso, não se encontra uma explicação física e/ou biológica para os sintomas”, aponta Roberta. “Não estamos acostumados, do ponto de vista da nossa sociedade, a confrontar aspectos emocionais dentro de um consultório em uma sessão de fisioterapia, por exemplo”, acrescenta.

Quando o corpo está desalinhado, podem ocorrer subluxações articulares – um desencaixe da articulação – que levam a uma sequência de fatos e alguns sinais começam a aparecer: diminuição ou restrição dos movimentos, deixando os pacientes “travados”; dores que vão mudando de lugar; enrijecimento da musculatura, dimunição do aporte sanguíneo para os orgãos; fadiga; alteração de fome e sono; diminuição da concentração e rendimento no trabalho e assim por diante. Com isso, passamos a ter menos qualidade de vida e as doenças mais sérias podem começar a se manifestar.

Segundo Georg Church, o primeiro cientista a sequenciar o código genético humano, nosso DNA está desenvolvido pra vivermos até os 120 anos. Fomos preparados pela natureza, mas nossa média de vida está entre 70 e 80 anos. Então por que adoecemos tanto e morremos antes?

Para Roberta, isso se deve ao fato de que não estamos usando a inteligência do nosso corpo, estamos  em desencontro com nosso interior. “Alguns pacientes relatam que sentem algum desconforto a meses, até anos, e vivem a base de analgésicos e anti-inflamatórios como paliativos e esperam agravar o problema  pra procurar ajuda”.

De uma maneira geral, o paciente procura a Quiropraxia ou a Fisioterapia para “reformar”, remediar e tratar o problema que já está instalado. Raramente isso acontece para prevenir lesões e dores que possam vir com o tempo, com o excesso de uso ou desgaste de uma articulação, por exemplo.

Na dor crônica, existe uma ativação maior das áreas pré-corticais frontais do cérebro, o que implica que a percepção e o processamento das experiências diárias são alteradas, levando a ansiedade, depressão e, consequentemente, baixa qualidade de vida.

  “Se olharmos o cérebro como uma estrutura física, podemos afirmar que a dor é um evento físico. Mas também não podemos esquecer de que as emoções, o ambiente, os hábitos, os comportamentos frente às situações do dia a dia, as crenças e até a religião de cada pessoa podem influenciar na química dos neurônios”, destaca a fisioterapeuta.

Ela ressalta que o segredo do sucesso no tratamento é fazer do paciente a pessoa mais importante do mundo naquele momento.  “Faz parte da avaliação do fisioterapeuta em nosso instituto conversar e olhar nos olhos do paciente e escutar com o coração o que ele tem a dizer, facilitando o entendimento da lesão e o diagnóstico”. Entender que os pacientes precisam de atenção, ouvidos e cuidados torna possível desenhar uma avaliação bem feita e traçar um plano de tratamento efetivo.

Qualquer intervenção feita pelo fisioterapeuta soma esforços para ajudar o paciente. Um ajuste correto na coluna, uma massagem profunda, um alívio nos tendões, uma eletroestimulação adequada ou um agulhamento profundo facilitam o processo de cura.

Mas os esforços pessoais, como a melhora dos hábitos diários, tratamentos preventivos, prática de atividades físicas, alongamento com Pilates, dança, yoga e afins melhorarão a qualidade de vida e deixarão o cérebro mais oxigenado, livrando o corpo físico de dores e desconfortos e estimulando uma reparação tecidual ainda melhor.

Na doença e na dor, o final do problema é a dor, e não o começo. O profissional fisioterapeuta ajuda na melhora do quadro e na prevenção, assim como na conscientização de que uma vida mais saudável vale muito a pena.

O Instituto Allevo fica na Rua Alfredo Porchat, 55 – Santos. Entre em contato pelos telefones (13) 4141-4222 / (13) 98846-0084. Acesse o site e saiba mais.