Esse pensamento já passou pela sua cabeça com relação ao seu filho, que de uma hora para outra deixou de cumprir regras? Ou que implica com tudo? Só quer saber de celular? São sinais de que ele está deixando a infância e entrando na pré-adolescência, por volta dos 10 anos.

Deixar de ser criança mas ainda não ser adolescente envolve conflitos físicos e emocionais. Essa transição não é fácil para ninguém, e a intensidade e a duração deste período depende de cada criança. Porém, é importante que seja encarado abertamente, formando assim uma base sólida para a chegada de uma adolescência tranquila e com menos problemas com a família.

Nessa fase, tudo parece “chato” para ele, mas momentos juntos são indispensáveis para fortalecer o vínculo e a relação de confiança. Por isso, os pais não devem deixar de propor um passeio ao shopping, cinema, jogo ou qualquer outro programa que agrade a criança.

Os hormônios podem estar a mil, mas não há quem resista a momentos de carinho e diversão junto de quem se ama. A rotina é bem vinda nesta fase. Inclusive, se organizada e estabelecida em conjunto. Dessa forma, seu filho irá se sentir incluído, perceberá sua autonomia e, consequentemente, sua responsabilidade.

Os pais precisam estar atentos aos limites e regras, que são fundamentais. Com esses dois pontos bem definidos, o pré-adolescente terá mais confiança, estimulando o autocontrole e aprendendo a conviver em sociedade.

Outro ponto importante nesta fase é o fato de os pais não minimizarem os sentimentos da criança. Para ela. um probleminha parece ou torna-se um problemão. É aí que, mais uma vez, o diálogo em família é importante.

Os pais precisam estar próximos e saber a respeito dos sentimentos dos filhos perguntando como foi o dia na escola, como foi um passeio com os colegas… Enfim, devem mostrar interesse pelos afazeres do filho.

Quando a criança apresentar um sentimento ou um fato que não a agradou, por mais que os pais percebam não ser algo tão relevante, não devem desprezar ou minimizá-lo. Com paciência, devem tentar compreender a fase pela qual ela está passando. Nesse momento, conversar de igual para igual e mostrar que entende o que ele está sentindo é fundamental.

Por fim, os pais devem ser conscientes que nessa fase as experiências e frustrações são fundamentais para o amadurecimento dos pequenos, e elas os tornarão mais fortes. Afinal, precisamos criá-los para a vida, para enfrentarem o mundo!