Artigo pela escritora e psicóloga Lucia Moyses em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

A mulher é um ser encantador e enigmático. Cheia de contradições e, ao mesmo tempo, dona de uma lógica impecável. Tudo em volta dela é mistério. Um mistério que deve ser desvendado lentamente, saboreado aos poucos.

A mulher é frágil tal qual um precioso vaso de cristal. Precisa ser tratada com cuidado, com zelo. No entanto, é extremamente forte e guerreira. É carinhosa e protetora, mas firme e perseverante.

Enquanto a maioria dos homens utiliza mais o lado esquerdo do cérebro, o lado racional, estratégico, analítico, a maioria das mulheres utiliza o lado direito, responsável pela criatividade e intuição. A mulher, portanto, é pura arte, pura poesia.

Mulheres conseguem ser mães, profissionais e ainda cuidar da casa. São multitarefas e conseguem dividir sua atenção em diversas situações do cotidiano.

Antigamente a mulher, desde criança, aprendia que seu destino era casar e ter filhos, cuidar da casa e do marido. No entanto, com o passar do tempo e uma luta árdua, hoje ela pode escolher entre casar ou não, entre ter filhos ou não, entre trabalhar fora ou não. O homem precisou acompanhar essa evolução e hoje existe uma harmonia maior entre os casais.

Ainda há um caminho longo a percorrer, mas a mulher não desiste nunca e continua batalhando para ser dona de seu destino.

O feminino embeleza o mundo, suaviza a vida, purifica o amor. Quando uma mulher chora, é como se o mundo inteiro chorasse. Quando uma mulher sorri, a terra inteira se enche de alegria.

Não é à toa que nas lendas, nos mitos, nos filmes, o homem é capaz de tudo pela mulher que ele ama. Helena de Tróia foi responsável por uma guerra épica. O super-homem faz o tempo retroceder para salvar sua amada da morte. Eros se apaixona pela jovem e belíssima mortal, psiqué, que simboliza o princípio vital, a alma. Teseu enfrenta o Minotauro para salvar Ariadne que vivia presa em um labirinto.

Mesmo a história verídica enaltece as mulheres, não sem razão: Cleópatra, que com sua inteligência engrandeceu o Egito; Anita Garibaldi, que lutou ao lado de seu marido até o fim da sua vida; Joana d’Arc, uma guerreira francesa que para muitos é a maior heroína do país de todos os tempos. E a lista não para por aí. Ana Néri, Nise da Silveira e tantas outras desconhecidas que são heroínas no dia a dia.

Sim, a mulher é doce, mas pode ser mais poderosa do que um rei. Sua força e energia não têm limites. Ela segue atrás do que quer e inevitavelmente, consegue. A mulher é suave, mas seu olhar não deixa dúvidas de sua determinação e coragem. Ela é puro amor, mas seu coração pode virar pedra se for machucada.

Nunca subestime uma mulher. Ela irá lutar com as armas que tem, sejam elas uma falsa submissão, discreta sedução ou direta confrontação. E se alguém quebrar o coração de uma mulher, perderá o seu amor, mas não destruirá sua essência. Sua construção é forte e supera qualquer tempestade.

Nunca duvide do poder de uma mulher. Em sua fraqueza está sua força, em sua vulnerabilidade está seu porto seguro, em seu silêncio está a estratégia para vencer.

Todas as mulheres são lindas, cada uma a seu jeito. Todas as mulheres carregam dentro de si o amor necessário para criar a vida e proteger aqueles que ela ama. Todas as mulheres são pedacinhos de magia e segredo. Para desvendar uma mulher, é preciso muita paciência e dedicação. Mas se você tiver a sorte de ser amado por uma delas guarde esse amor a sete chaves e não o destrua. É um tesouro que deve ser para sempre preservado.

Há mérito no masculino e no feminino. Ambos se complementam. Ambos têm seu valor. No entanto, o masculino se encontra onde termina a terra. O feminino, onde começa o céu.

Lucia Moyses é psicóloga, neuropsicóloga e escritora (www.luciamoyses.com.br



Bacharel em Psicologia pela FMU e especialista em Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva pelo INESP.

Em 2013, a autora lançou seu primeiro livro “Você Me Conhece?” e dois anos depois o livro “E Viveram Felizes Para Sempre”, ambos com um enfoque em relacionamentos humanos e psicologia.Três anos após a especialização em Neuropsicologia, Lucia lançou os três primeiros livros: “Por Todo Infinito”, “Só por Cima do Meu Cadáver” e “Uma Dose Fatal”, da coleção DeZequilíbrios. Composta por dez livros independentes entre si, a coleção explora a mente humana e os relacionamentos pessoais. Cada volume conta um drama diferente, envolvendo um distúrbio psiquiátrico, tendo como elo o entrelaçamento da vida da personagem principal. Em 2018, a psicóloga lançou mais três livros: “A Mulher do Vestido Azul”, “Não Me Toque” e “Um Copo de Veneno”, totalizando seis livros da coleção.