Depois de passar por duas grandes emissoras de TV e construir uma carreira de sucesso no jornalismo regional, Vanessa Martins se sente realizada profissionalmente e agora encara novos desafios para o futuro. Sempre se reinventando e com muita competência para levar informações precisas e fresquinhas para os telespectadores, a jornalista garante que em breve teremos novidades sobre essa sua nova fase na telinha.

Revista Studiobox – O que a cidade de Santos representa para você?

Vanessa Martins – Eu sou santista de nascimento e de coração. Amo essa cidade e o estilo de vida que ela proporciona para quem vive aqui. As pessoas daqui, cada cantinho com sua própria história…

Adoro os costumes santistas: o “tu”, o pão de cará, chamar o pão francês de “média”, a divisão por canais. Isso sem contar a qualidade de vida daqui, não tem igual.

Por que você escolheu o Jornalismo como profissão?

O Jornalismo entrou na minha vida por acaso! Passei no vestibular para Publicidade e Propaganda, mas acabei migrando para o curso de Jornalismo, para não perder as matérias que já tinha cursado.

O bom é que logo no segundo ano de curso me apaixonei. E foi durante o estágio que fiz na Universidade Santa Cecília que percebi que era isso mesmo que eu queria fazer profissionalmente.

E o que fez com que você se apaixonasse pelo Jornalismo?

Me apaixonei quando percebi que através da profissão a gente pode ajudar as pessoas. Ser um porta voz, contar suas histórias e, principalmente, fazer a ponte entre a população e as autoridades para resolver os problemas das pessoas.

Quando você entrou no mercado de trabalho, foi como você esperava?

Eu entrei muito cedo no mercado de trabalho. Comecei a fazer estágio já no segundo ano da faculdade e, naquele momento, já percebi qual
era a “pegada” do jornalismo. Aquela adrenalina, correria e a importância de passar credibilidade.

Logo depois de terminar a graduação, você começou a trabalhar na TV Tribuna, como foi?

Eu fiz estágio durante os três últimos anos da faculdade na TV Santa Cecília, então já tinha alguma experiência com esse ambiente de televisão. Foi um ótimo aprendizado.

Fiquei na TV Tribuna (afiliada da Rede Globo na Baixada Santista) por dez anos, e passei pela apresentação da previsão do tempo, pauta, produção, reportagem e apresentei um programa de esporte (Tribuna Esporte) e os telejornais da emissora.

Depois você trabalhou na Prefeitura de Santos.

Sim. Acabei saindo da TV Tribuna em 2012 para trabalhar em campanha política, do atual prefeito Paulo Alexandre Barbosa, e depois trabalhei na Prefeitura de Santos por quatro anos.

Como foi sair da TV e trabalhar na Prefeitura?

Foi uma experiência nova. Porque eu nunca havia trabalhado em assessoria de imprensa.
Eu fazia o setor de vídeos, o que me deu segurança. Afinal, apesar de estar em uma assessoria, estava em um setor que eu conhecia bem.

Nessa época, do que você sentiu mais falta do trabalho na TV?

Senti falta do “ao vivo”. De estar
ali na apresentação ou reportagem de um telejornal ao vivo. É uma sensação inexplicável!
Não tem jeito, quando o bichinho da televisão pica, a gente acaba voltando de um jeito ou de outro.
Saí da prefeitura e voltei para o jornalismo de TV, dessa vez para a VTV, afiliada do SBT na região da Baixada Santista e Campinas, onde trabalhei até fevereiro desse ano.

Como conciliar a rotina na TV com a família e ainda arrumar tempo para você?

O trabalho de jornalista exige muito do profissional. Estamos sempre atrás da notícia, principalmente quem trabalha com jornalismo diário na televisão, ao vivo.

Mas, consigo conciliar bem a profissão com a vida em família. Quando estou em casa me dedico a minha família, e nos momento de lazer me desligo o máximo que posso do trabalho para poder curtir com minha família e amigos.

Qual o lugar que a família ocupa na sua vida?

Eles são uma prioridade na minha vida, com certeza. Tenho um filho de oito anos, marido e uma enteada que mora comigo.
Vejo a família como uma base, um porto seguro! É ali que me sinto segura, amada, compreendida… Eles apoiam minhas escolhas tanto pessoais como profissionais.

Você hoje é também uma influenciadora digital. Como aconteceu esse movimento?

Não vejo que eu tenha me tornado uma influenciadora digital… Acho
que surgiu um interesse das pessoas em conhecer a Vanessa como pessoa, mulher, mãe.. e não apenas a jornalista que está na televisão.

E como percebi esse interesse, passei a atender mais esse lado, mostrando um pouco de mim, meus gostos, meu estilo. Tem dado certo.

O jornalismo faz com que a gente fique em evidência e aí desperta essa curiosidade nas pessoas, de ver como é aquela jornalista quando não está no vídeo.

O que a experiência como jornalista acrescentou a sua vida pessoal?

O jornalismo acrescentou muito na minha vida pessoal, me fez crescer como pessoa.
A gente vê tanta notícia, tanta realidade diferente da nossa, mas ao mesmo tempo tão próxima, que os nossos valores são potencializados. Você passa a dar mais valor às pequenas coisas.

Como você enxerga o Jornalismo hoje em dia?

A profissão do jornalista está cada vez mais corrida, por causa da internet e das notícias em tempo real nas redes sociais. Isso acaba fazendo com que a gente fique 100% do tempo antenado no que está acontecendo.

Hoje, qualquer pessoa se torna repórter, consegue narrar em tempo real um fato que esteja acontecendo e alcançar ótimos índices de audiência pelas redes sociais. O jornalista tem que correr atrás o tempo todo.

O que mudou em você e no mercado desde quando começou a trabalhar com isso?

Para você ter uma ideia, quando eu comecei na profissão, não existia nem celular! Isso já demonstra uma enorme mudança no dia a dia do nosso trabalho.

Antes, tínhamos que fazer entrevistas e marcações pelo telefone fixo… Hoje, tudo se torna mais fácil por meio dos aplicativos de conversa, os desafios são outros.

Muitos jornalistas, principalmente
os que trabalham na mídia impressa, resolvem uma matéria pelo WhatsApp, por exemplo.

Qual foi o seu maior desafio profissional?

O meu maior desafio na carreira foi o mesmo que me impulsionou a seguir em frente. Entrar em uma afiliada da Rede Globo, recém formada, com pouca experiência.

Tive o apoio e os ensinamentos do jornalista Eduardo Silva, uma pessoa maravilhosa, que era meu chefe nesse tempo que passei na TV Tribuna. Ele acreditou no meu trabalho e me ajudou a ter mais confiança. E quando me dei conta, já estava ao vivo na Rede Globo!

Você se sente realizada na profissão?

Sim! Passei por duas emissoras grandes, tive experiência em várias funções e hoje posso dizer que me sinto realizada como jornalista.

Tem planos para o futuro? O que você ainda gostaria de fazer?

Apesar de me sentir muito realizada na profissão, ainda tenho sim algumas vontades. Eu gostaria de ter um programa de entretenimento, por exemplo, que é um sonho que está bem próximo de ser realizado! Em breve, teremos novidades sobre isso… Me aguardem (risos)!

O que te inspira profissionalmente?

Eu me inspiro mais em métodos de se praticar o jornalismo do que em pessoas. O jornalismo sério, feito com credibilidade, é algo que me conquista bastante. Com opinião na medida certa e sempre respeitando o nosso telespectador.

Devemos sempre lembrar que somos contadores de histórias, que muitas vezes foram escritas por outras pessoas, e temos que ter o respeito e o cuidado na hora de sermos o porta-voz de alguém ou de uma situação.

Que dica você dá para quem quer seguir carreira no jornalismo?

A dica que deixo para quem quer ser jornalista é que tenha em mente uma palavra: respeito. Isso cabe para tudo nessa profissão. Seja respeito em relação ao profissional que trabalha ao seu lado, seja em relação a sua fonte, ao seu entrevistado e, principalmente, em relação a quem vai te assistir ou ler.

Outra dica de ouro: apure tudo antes de repassar, não colabore com a disseminação de fake news!

Qual o papel do jornalista no enfrentamento das fake news?

As fake news são o mal dessa geração do jornalismo. É preciso tomar muito cuidado com tudo que divulgamos, apurar as informações.

O jornalista precisa ter muita credibilidade no que diz. Por isso, a certeza da informação é essencial na nossa profissão.

Fotografia Tyaro Studio