A sexualidade é um assunto emblemático, altamente significativo, muito mais pelas proibições e tabus do que pela sua vivência simples e descontraída.

Por isso, percebe-se uma tendência a torná-la objeto de regras, onde o certo e o errado estão cada vez mais presentes, e acabamos nos aprisionando nele, trombando com nossos reais desejos.

Nos dias em que o corpo está desnudo sem preconceitos, em que se fala de sexo na sala de visitas, como podemos imaginar que ainda temos aspectos não ditos nessa história?

Pois é, agora apareceu uma nova necessidade. Com os barzinhos fechados e dificuldades em encontrar pessoas, o sexo virtual e os aplicativos de encontro cresceram e estão tendo muita utilidade para o equilibrio das pessoas sós. São uma possibilidade de encontro.

O sexo virtual é um tema que vem vindo e se estabelecendo na vida das pessoas e que, nesses tempos de distanciamento social, esquenta a polêmica sobre esse tipo de encontro.

A coisa funcionava de modo bem simples: olhos se encontravam, um sorriso disfarçado, a aproximação se fazia, feromônios eram trocados e a liga estava feita.

Aquela conversa que esquentava o clima, a voz de travesseiro sussurando coisas gostosas de ouvir… De repente, tudo muda. De um dia para o outro, barzinhos fecham, empresas optam pelo home office, as pessoas não se esbarram mais.

Devemos reinventar a roda. Como paquerar? Como encontrar? Como conhecer alguém? Ah, ainda bem que vivemos na era dos aplicativos para suprir todas as necessidades! Aí potencializa-se aquele clique que traz arrepios, curiosidades e também possibilidades sexuais.

“Tá vestindo o quê?” Conversas safadas, brinquedinhos eróticos e uma webcam são soluções para quem não pode transar ao vivo. As vantagens são várias: mais liberdade de expressão, conversas mais longas, novos códigos… E assim todos os amantes são perfeitos, belos e verdadeiros, sem véus.

O cibersexo se torna uma realidade, em um simples clique. Nos sites de busca da internet entre dez palavras procuradas sete se relacionam a sexo. Fica claro que até aqueles que se dizem preteridos ou reprimidos tem aí um mundo para mergulhar de fantasias e possibilidades de encontro.

Contra ou a favor, é bom para refletir e com certeza é um caminho sem volta.