Se dissermos apenas “sou médica”, “sou advogada”, “sou do lar” ou qualquer outra profissão; se nos ativermos apenas a uma atividade; se cingirmos nosso percurso a um só objetivo, com certeza estaremos estreitando a vida.


Pode crer. Aquele que conta nos dedos os dias que faltam para entrar de férias, aquele que, em janeiro, sabe de cor e salteado todos os feriados do ano, até dezembro…se impõe fronteiras.


Fazer somente coisas pontuais, sem ter novas perspectivas, representa enxugar o tempo do crescimento. É o mesmo que desconhecer a emoção e tornar a racionalidade o alvo das conquistas, sejam pessoais, profissionais ou amorosas.


Cada um de nós tem suas próprias escolhas. A pergunta é uma só: você quer ser o sujeito ou o objeto da vida?


A sabedoria de quem conhece a si mesmo, de quem tem certeza de seus valores, por certo optará por ser o sujeito. É claro. Impossível, então, viver a monotonia de fazer, dia após dia uma só coisa.


Curiosa é a falta de percepção em quem age dessa forma, de que temos um “baldinho” de reserva, das coisas que nos rodeiam. No momento em que, fazemos uma só coisa e por qualquer circunstância perdemos essa única possibilidade, nosso “baldinho” esvazia. E daí? Ficamos sem ter a única meta que alimentávamos. Isso é real e ruim demais.


É infinito o número de fronteiras do Universo, que transcendem a pesquisa nos calendários na contagem dos feriados anuais…que, extrapolam a apatia de olhar o Sol ou a chuva aguardando as férias. Detalhe inequívoco – para não fazer nada. 

Absolutamente nada!


Todos nós temos uma inquietude natural que é positiva. Esta, não acarreta aquele tipo de desassossego que gera mal-estar. Ao contrário, estimula, provoca a imaginação e o instinto criador.


Tem mais: produtividade não tem a ver com o tempo que trabalhamos, mas sim, como organizamos o tempo para produzir.


Sob esse prisma, não há erro, nem perigo de subirmos na escada rolante com ela andando para trás!