Sempre que vejo um sério problema político no Brasil, paro para pensar sobre qual a raiz do problema e depois tiro as conclusões sobre os atos vergonhosos que fulano ou beltrano, eleito, possa ter praticado.

E costumo repetir que fulano ou beltrano, eleito, não tomou de assalto o cargo, não fez reféns eleitores e sob ameaça, cobrou deles os respectivos votos.

Nós, brasileiros, eleitores, somos livres para escolher e votar naqueles que entendemos serem os melhores para aquele determinado cargo.

Só para falar das eleições pós constituição de 1988, não houve ocupante de qualquer cadeira, que não tenha sido eleito direta e democraticamente pelo povo. Salvo, é claro, os vices que tenham assumido por impedimento ou morte do “titular”.

Mas como uma democracia jovem e frágil, o Brasil tem uma política que reflete muito mais o que é a nossa sociedade (como imagem e semelhança) do que o que imaginamos ser ou que gostaríamos de ser.

Não há milagre que não passe pela conscientização dos eleitores, pelo aprimoramento e qualificação dos candidatos, pela celeridade nos processos de cassação de candidaturas que não preencham os requisitos legais, pela extinção da maioria dos partidos políticos que são apenas legendas eleitorais.

O sistema está falido há muito tempo e não há luz no fim do túnel que não venha do ELEITOR.

Não há messias, mito, ídolo, deus que fará o papel que cabe a cada um de nós, mas unidos como um só. 

A pulverização ou polarização tende a manter os incompetentes e bandidos sentados nos mesmos lugares, que em tese, não queremos.

Mas se nosso desejo fosse, realmente, verdadeiro, a solução já poderia ter vindo antes ou, quem sabe, estar mais perto de chegar.

Não se faz governo nem política, apenas, dentro do Palácio do Planalto. 

É necessário gente boa nos outros palácios, nas câmaras e assembleias, inclusive, aí, no seu lugar, se você é daquelas pessoas que não deseja mudar a droga de país em que estamos.

O futuro depende, também, de você.