Essa coluna deveria ser sobre a continuação da anterior e falar de Metaverso, mas caso eu fizesse isso estaria vivendo numa realidade paralela a realidade de todos. 

Precisamos falar da irresponsabilidade dos bancos centrais durante a pandemia e como isso fez gritar a funcionalidade e necessidade do supply (impressão de dinheiro) limitado, como da bitcoin virar regra.

Se antigamente podíamos nos dar ao luxo de não saber o nome e para que serve o FED (banco central americano) e o Banco Central Europeu, hoje é nosso dever inclusive ser íntimos de seus respectivos presidentes, Jerome e Christine. 

Essas duas figuras foram responsáveis em grande parte pela inflação desenfreada que vivemos hoje, claro que Putin ajudou, mas mesmo sem ele, haveria um esse cenário.

Jerome inundou a economia americana com dinheiro novo, que foi 40% a mais que os anos anteriores, não houve nada parecido na história recente da economia. 

Por outro lado, Christine, demorou a identificar a necessidade de aumento de juros, sempre anunciou que não haveria inflação nos pós pandemia, mas a conta de excesso de recursos chegou. 

Mas tudo isso só foi possível, pois porque em 1971, sem conseguir garantir o padrão ouro, ou seja, possuir a mesma quantidade de ouro para garantir a impressão/oferta de dólar, o Presidente americano Nixon, extinguiu esse padrão. 

É sobre essa extinção que surgiram os problemas que existirão para sempre. Ligar as impressoras dos Bancos Centrais é algo perigoso, político e que todos sabem que trará uma conta a ser paga. 

Se você está assustado com alta dos preços, saiba que grande parte desse aumento veio pela atitude dos nossos amigos Jerome e Christine, as maiores economias do mundo, que geraram o falso excesso de liquidez fizeram toda economia mundial pagar essa conta. Isso quer dizer que desde que o mundo é globalizado dificilmente uma decisão ruim dos principais Banco Centrais não reverberará no seu pãozinho, café ou arroz e feijão. 

Mas onde o Bitcoin entra nessa história? Não vamos falar de investimento, vamos falar de fundamentos, que isso que vale no fim do dia. O Bitcoin tem um supply (impressão) limitado, serão emitidos ao longo dos anos 21 milhões de ‘moedas’, o último bitcoin será cunhado próximo a 2140, até hoje já foram emitidos próximo a 19 milhões, quase 90% do supply total. 

É importante dizer que além de ser descentralizado, e sua emissão não estar na mão de ninguém, a o bitcoin tem sua emissão deflacionária, apesar de muitos dizerem, não entendo que ele em si seja deflacionário e sim sua emissão, que reduz ao longo do tempo, com a diminuição do poder de mineração de seus mineradores, que cada vez mais precisam que o bitcoin tenha maior valor, para manter suas máquinas ligadas, viabilizando a emissão de novas moedas.

São diversos conceitos, válidos e importantes, mas o principal para nós é entender, todo supply infinito de moeda trará uma conta para a população mundial, a bitcoin pode não ser o melhor investimento para você, mas com certeza é a ferramenta mais próxima a perfeição para uma estabilidade monetária. Eu como investidor, ele foi, é e será o futuro.