Falta de tempo, dias passando mais rápidos, trabalho, comparações pelas redes sociais, sentimento continuo de incapacidade e ansiedade, informações o tempo todo e de todo o mundo. Parece a rotina normal de muitos de nós e até chegamos a nos perguntar se estamos pirando.

O mundo moderno exige muito do ser humano, precisamos estar bem o tempo todo e além disso, qualquer pequeno descuido se torna algo problemático, ainda mais quando falamos das redes sociais que são grandes bolhas e não nos permitem ter posicionamentos diferentes.

Mas, será mesmo que estamos mesmo ficando malucos?

Para o psicanalista e professor, Marcelo Veras, “a loucura com o saber psiquiátrico com o saber cientifico é considerada uma doença. Mas se pensamos que todo mundo pode ser um pouco louco, aqueles que a gente chama de louco, são os que deram bobeira”, afirma.

Para Veras, a sociedade como um todo é louca, isso porque ele acredita que escutando e olhando de perto, todos nós temos as nossas questões. Ele cita um caso que teve contato por meio de um atendimento de emergência que uma mulher tinha a crença de ser uma dona de casa (e ela era mesmo), mas quando ela teve um problema de saúde e outra pessoa passou a fazer a sua função na casa, a paciente tentou matar a responsável por “roubar” o seu posto.

“A loucura exige um mecanismo mais eficiente do que só a observação, exige uma certa escuta”, comenta o psicanalista.

Hoje em dia estamos sempre rodeados de informações e com um aumento gradativo da depressão, TDAH, hiperatividade, ansiedade e para todos esses problemas mentais temos medicamentos e tratamento. Porém o que se coloca em questão nos dias de hoje é que somos massacrados o tempo todo com estímulos, informações e comparações por meio da internet e isso sim, é o mal do século e que pode nos deixar malucos.

“Tem um trabalho interessante e feito por uma revista que mostra que a quantidade de informações que um homem de 16 anos teria aprendido em toda a sua vida na idade média, nossos adolescentes com os smartphones apreendem a mesma quantidade de informações em um dia apenas. Ora, é claro que isso tem reações no organismo humano”, conclui Veras.

Assista o programa na íntegra: