Falar de sexualidade feminina é um tema que não se esgota,pois ainda hoje no século 21 apesar dos corpos desnudos ,esse asecto da vida das mulheres é recheado de crenças,tabus e preconceitos.Portanto me permito transcrever u e mail que recebi de uma leitora da coluna .

PORQUE ÀS VEZES PRECISA BAIXAR UMA “ENTIDADE”, INCORPORAR A “POMBA GIRA” PARA A VONTADE DE TRANSAR APARECER E ACOMPANHAR O MARIDO? ESSA PERGUNTA ME PEGOU DE SURPRESA, POIS FOI FEITA NUM ENCONTRO FUGAZ COM ALGUÉM QUE EU NÃO CONHECIA E ME ABORDOU NA RUA COM A DÚVIDA.

Você,leitora, me ensina a falar de algo ainda muito complicado e difícil de viver naturalmente, estou falando do direito que a mulher tem de exercer sua sexualidade com liberdade e segurança.

Qualquer pessoa pode estar se dizendo que isso é papo furado, pois desde os anos 60 as mulheres estão totalmente liberadas, e isso é verdade na teoria e não necessariamente na prática.

Ainda hoje as mulheres têm a ideia de que o único beneficiário de uma vida sexual prazerosa é o homem e a nossa cultura reforça isso, mesmo quando se acredita ter direito, a mulher não sabe entrar em contato com seu desejo e colocá-lo em prática.

Ainda hoje as meninas são criadas, e educadas tendo como parâmetro um homem para quem tudo é permitido e que a elas só resta aceitar a submissão. Essa é a verdade que está no inconsciente feminino, impedindo que as mulheres usufruem também de seu corpo e de seu parceiro com carinho e cumplicidade achando que estão apenas cumprindo um dever.

Perceber que seu corpo reage aos estímulos sexuais e permitir-se viver isso com foco no seu prazer e não em obrigações ou papéis definidos, ajuda que as mulheres entrem em contato com o mais íntimo de seu ser e reconhecendo o seu direito e potencial sexual sejam donas de sua trajetória usufruindo de sua sexualidade com alegria ,prazer e encontro com a pessoa por quem tem afeto e ou desejo.