Em algum momento da vida você já deve ter ouvido a frase: “Trabalhe com o que gosta para que não tenha que trabalhar nem um dia da sua vida”. Essa reflexão é de Confúcio, um pensador chinês que viveu entre 550 e 490 a.C. Vamos deixar claro que não é de hoje que o homem busca de alguma maneira ter uma vida que valha a pena ser vivida, mas a sociedade foi moldando a compreensão de falas filosóficas de acordo com a sua conveniência.

Trabalhar com o que gosta não fará da sua jornada algo perfeito, sem desafios, justamente porque é através da dor que vamos aprendendo como fazer, como melhorar, não apenas quem somos mas também o que fazemos. Olhar a vida como uma constância de aprimoramentos pode desestimular. Mas, quando a vida bate à sua porta cobrando força sem dar outra opção, você percebe que nem sempre é uma escolha lutar.

Vejo uma sociedade que desenhou a vida profissional baseada em romances de filme ou em livros de autoajuda, que como o próprio nome diz, ajudam apenas a quem escreve e a mais ninguém. A vida não é simples, e profissionalmente não é diferente. Precisamos encarar que para cada escolha sempre existirá uma renúncia e que nem sempre as coisas serão exatamente como queremos.

Um dos maiores desafios da nossa geração é aprender a abrir mão das convicções e compreender que isso é uma possibilidade de aprender algo novo. O combustível de quem faz não é o resultado e sim o desafio, a adrenalina da possibilidade de queda e a respiração ofegante no aguardo do resultado.

Quando caímos, podemos ficar no chão ou empenhar toda a força para levantar, mesmo sabendo que podemos cair novamente. Quando você escolhe permanecer no chão, abre mão da possibilidade de tentar e não se arrisca. A vida sempre te apresenta opções, mesmo que elas não te agradem. O que você escolhe?